.

"Quem dera se por um descuido, Deus te fizesse eterno..."

terça-feira, 15 de maio de 2018

O mundo em suas mãos por um momento...


O som está no último volume para tentar quebrar um pouco do silêncio que há em mim...
Silêncio... e um turbilhão de palavras saltitando em minha cabeça... como se não bastassem elas, também um monte de sentimentos e bagunça dentro de mim agora ecoa... como aquele eco que você ouve em um túnel... ou um silêncio eterno mesmo no mais alto barulho ao redor.
Como se permitir viver algo inexplicável... daqueles que te fazem tirar o pé do chão e por alguns instantes se permitir aventurar-se em uma loucura, uma emoção, um instante que irá evaporar com o tempo.
O ser humano é mesmo burro... ou posso eu mesma me considerar? 
Como criar expectativas sabendo que não terá espaço para cria-la? É um caminho sem volta, e eu sabia exatamente o final do trajeto.. mesmo assim seguiu, apostou pra ver o que ia dar... um erro que agora martela, grita e te rasga por dentro.
O "talvez" talvez não devesse existir, ele machuca. A incerteza é a tristeza camuflada, querendo dizer apenas que nada é certo, que você não sabe de nada e nunca saberá.
Você se sente impotente diante de tudo, todas as situações as quais você pensava possuir controle...
Tempo é uma palavra curta mas com tanto significado... quem irá dizer o que virá depois? 
Ou o que vai restar depois do adeus? Depois de um ano? Onde estará a bagunça que hoje transborda em mim? Talvez ela encontrará a organização que sempre procurou? Irá se dissolver com os dias, com as horas e com as novas sensações.. as novas experiências e a nova realidade que virá após a bagunça. 
Porque cedo ou tarde tudo terá lugar e saberei que então é hora de abandonar o velho caminho, pegar um atalho talvez? Encontrar motivos até nas folhas que caem no chão, afinal... destino é algo que você escreve uma palavra por dia durantes anos de sua vida, talvez nunca terá uma palavra final que dê o fim pra tudo isso.
É momento de dizer adeus... de entrar de corpo alma e coração nessa tal realidade... há quem diga que é impossível entrar de coração... bom ela pode ser cruel, mas eu acredito que posso pintá-la da cor que eu desejar...
Mas não me engano... ninguém descreve adeus sem deixar metade de si mesmo para trás.. é o preço.

End

Um comentário:

Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Antoine de Saint-Exupéry